Todos os poemas são
extraídos da antologia "Cantares dos trovadores galego-portugueses",
actualizada pela mão de Natália Correia (publicada em 1970) e ditos ou pela
própria e por Ary dos Santos, e/ou cantados por Amália, com música original de
Fontes Rocha, excepto "Ermida de São Simeão", música de Alain Oulman.
Escreveu Ary dos Santos na contra-capa:
«Era uma
vez um livro muito bonito, que cheirava muito bem. Umas vezes a flores, outras
vezes a urtigas. Mas a urtigas sadias. Tinha sido feito pela Natália Correia
que o desenterrara de alfarrábios muito, muito velhos, com mãos de chama e de
poeta. Escusado será, pois, dizer que o livro era de poemas. Eis senão quando,
uma bela noite em casa da Amália, os tais poemas sairam das páginas e ganharam
voz. Pareciam ervas dançando no meio da sala. O Fontes Rocha foi-os apanhando
um a um e fez com eles um feixe de música. O Carlos, o Pedro e o Joel, ajudavam
muito. E a Amália deu-lhes um nome como só ela sabe : « Cantigas de Amigos ».
O resto? O resto foi apenas convívio e entendimento perfeitos. Às vezes, pela
meia-noite, os poemas tinham fome e comiam sopa de coentros e arroz de
bacalhau. O Rui e o João também apareceram e ficaram calados que nem ratos ao
pé do Ribeiro, que é um mágico que sabe fazer música com luzes, enquanto este
regia a orquestra. Depois, chegou a bruxa Maluda (que por sinal é bem bonita) a
cavalo numa vassoura, com um pincel e uma tesoura. E zás, pôs-nos a todos na
Idade Média. Parece uma história para meninos...»
"Vim esperar o meu amigo"
de Bernardo de Bonaval
"Ah quisesse Deus"
de El Rey D. Dinis
"E pede-me agora o que não devia"
de José Garcia de Guilhade
"Lá vão as flores"
de Paio Gomes Charinho
"Amores eu tenho"
de Pero Meogo
"Ermida de São Simeão"
de Mendinho
Maluda
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